A notícia mais importante da semana: Reserva Federal corta taxas de juro pela 3.ª vez este ano!

Como antecipamos, a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA), Fed para os amigos, cortou as taxas de juros pela terceira vez neste ano. O corte, de 0,25%, resultou de uma Fed dividida numa decisão tomada às cegas em relação a dados relevantes sobre a inflação e a saúde do mercado laboral. 

Netflix vs. Paramount: a batalha pela HBO é uma fusão da Guerra dos Tronos com a série Sucessão!

Como escrevemos na semana passada, a Netflix tinha negociado a aquisição da divisão de streaming, filmes e TV da Warner Bros. Discovery (dona da HBO) por 82 mil milhões de dólares. Também escrevemos que só  os reguladores anti-monopólios podiam impedir que a Netflix vencesse as Guerras do Streaming. Erro nosso…

É que, nesta semana, a Paramount lançou uma proposta hostil, de 108 mil milhões de dólares, para roubar o negócio à Netflix. 

A proposta da Paramount, em “dinheiro vivo” e por todos os ativos da Warner Bros. Discovery, não é necessariamente melhor do que a proposta da Netflix, especialmente porque há partes interessadas muito duvidosas… o CEO da Paramount é David Ellison, filho de Larry Ellison (dono da Oracle), e até aí tudo bem, porém a proposta tem entre os seus financiadores Jared Kushner (genro de Donald Trump) e os seus amigos sauditas. E o próprio Trump tem algo a dizer.

Em que ficamos? Bem, o CEO da Paramount diz que está pronto a melhorar a sua proposta e embora não exista um claro favorito à vitória, a verdade é que os acionistas da Warner Bros. Discovery estão a ver propostas cada vez melhores (especialmente comparando com as avaliações do mês passado).

No entanto, há quem sugira que qualquer versão destas aquisições será ilegal. Nesse caso, ajuda ter como financiador o genro de um Presidente famoso por quebrar a lei.

A bolha da Inteligência Artificial: as primeiras escorregadelas nas bolsas?

O investimento da Oracle na OpenAI parece ter saído ainda mais caro do que os 300 mil milhões de dólares anunciados em setembro. Após a apresentação dos resultados trimestrais, as receitas não acompanharam as expectativas dos investidores e as ações caíram quase 15% nesta semana. Voltam os rumores de bolha e as empresas de Inteligência Artificial escorregaram quase todas!

No nosso retângulo: Galp afunda na Namíbia?

Em abril do ano passado, a Galp encontrou petróleo na Namíbia. Agora, vendeu 40% dos 80% da possível exploração que detinha à francesa TotalEnergies. Já em 2024 se tinha levantado essa hipótese como forma de encaixe financeiro e diminuição da exposição ao risco da Galp. Na altura os investidores consideraram boa ideia.

No entanto, a notícia desta semana surpreendeu os investidores pela negativa. A venda será consumada através da troca de ativos, não envolvendo assim encaixes financeiros imediatos. As ações caíram quase 20% nesta semana.

O The Economist elegeu o nosso país como “Economia do Ano 2025”. Esta distinção reflete o desempenho da economia portuguesa em indicadores como o controlo da inflação, o crescimento do PIB, o quase pleno emprego e a boa performance dos mercados financeiros — com a Bolsa de Lisboa a subir mais de 20% este ano.

Depois de anos desafiantes, incluindo um resgate financeiro em 2011, Portugal tornou-se um exemplo de resiliência, de estabilidade (pelo menos económica), e de adaptação às condições externas.

A economia tuga mostra bons indicadores: o desemprego está em mínimos históricos, as exportações aumentaram imenso e a dívida pública está a baixar. O turismo, que corresponde a mais de 20% do PIB, está a bater recordes. O número elevado de imigrantes que o país recebeu - independentemente de considerarmos isto uma boa notícia ou não - é um sintoma de bom desempenho, pois ninguém quer emigrar para uma economia em declínio.

Quer isto dizer que Portugal será uma superpotência?

Bem, longe disso. Basta ver quem são os vencedores dos anos anteriores: a Grécia (duas vezes) e a Espanha; e quem completa o pódio deste ano: a Irlanda e Israel. Os anos recentes têm sido muito difíceis para as potências industriais do norte da Europa, o que abre caminho para os sul-europeus cruzarem a meta. 

A economia portuguesa está dependente do setor turístico: quando este “motor” está em alta, Portugal tem excelentes resultados. Além disso, prende-se uma questão: se a economia está em plena expansão, porque é que o PIB apenas cresceu 2,1% em 2024?

Esta distinção, acima de tudo, mostra-nos que, economicamente, o futuro é promissor - se forem tomadas as decisões certas.

A greve geral* do dia 11 de dezembro marcou o regresso da convergência entre a CGTP e a UGT em torno da oposição ao novo pacote laboral do Governo. Esta é apenas a quinta vez em que ambas as centrais sindicais fazem greve geral conjunta.

A paralisação abrangeu quase todos os setores. Os transportes e a saúde estiveram com serviços mínimos, muitas escolas mantiveram-se encerradas e verificaram-se impactos em vários serviços públicos. Muitos trabalhadores saíram à rua em protesto. Para mais, alguns sindicatos independentes continuaram em greve no dia 12, sexta-feira.

Quais foram os motivos da greve geral?

Para os sindicatos, estão em causa cinco “linhas vermelhas” que fragilizam direitos, facilitam despedimentos, ampliam a precariedade e limitam o direito à greve. Os maiores entraves são: 

Além da oposição à reforma laboral, a UGT criticou também a falta de explicação, por parte do Governo, do racional por detrás destas medidas (até porque estas não constavam do seu programa eleitoral), e de este se recusar a negociar de forma séria.

E o que acontece depois da greve?

Depois da greve, haverá nova ronda negocial. Pelo menos com a UGT, pois a CGTP nem se senta à mesa das negociações. No entanto, não há certeza de acordo. Será quase impossível a UGT aceitar medidas como o banco de horas individual e a facilitação do outsourcing. Caso não haja acordo, a última barreira será a Assembleia, onde o Governo não tem maioria que permita aprovar uma futura proposta de lei (ainda estamos em fase de anteprojeto legislativo).

🌍 Os Açores são o novo destino para startups - Com impostos reduzidos, qualidade de vida elevada e um ambiente natural inspirador, o arquipélago dos Açores está a apostar na atração de empreendedores e de talento global. O Nonagon - Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel já alberga cerca de 50 empresas e 500 postos de trabalho. A estrutura funciona como ponte entre empresas, universidades e financiamento. Além disso, a Universidade dos Açores conta com uma incubadora própria.

📖 A Omniscience combina engenharia e educação - A portuguesa Omniscience criou uma nova profissão na educação: o arquiteto educacional, que usa tecnologia e pensamento de engenheiro para redesenhar o percurso académico dos alunos. Através da plataforma OmniFlux e de equipas multidisciplinares, apoia alunos com dificuldades, talentos de alto potencial e famílias que procuram acompanhamento personalizado. A plataforma monitoriza o progresso em tempo real e gera alertas para intervenção rápida.

A proposta de lei que introduz mudanças no pagamento do IUC só entrará em vigor em 2027 (se passar na Assembleia). O IUC passará a ser pago em abril e poderá ser dividido em duas ou três prestações. 

A portuguesa Sensei lançou, em Lisboa, a primeira parafarmácia totalmente autónoma da Europa, com o modelo grab & go.

As startups portuguesas Neuraspace e Connect Robotics foram selecionadas para participar no acelerador DIANA da NATO, para desenvolver tecnologias de dupla utilização, civil e militar.

A Comissão Europeia decidiu manter o estatuto de projeto “estratégico” da Mina do Barroso, no norte de Portugal, apesar das preocupações ambientais.

O Banco Central Europeu quer simplificar as regras de capital e ter mais bancos sob um regime de supervisão mais leve. As propostas serão apresentadas à Comissão Europeia.

A Comissão Europeia quer poupar 900 milhões de euros anuais com novos ajustes nas regras ambientais, através da simplificação de sete peças legislativas.

O ministro grego das Finanças, Kyriakos Pierrakakis, foi eleito presidente do Eurogrupo.

Eric Trump está 10 vezes mais rico desde a eleição do pai, principalmente devido à participação na empresa American Bitcoin. 

Cristiano Ronaldo tornou-se acionista da Perplexity, startup de IA que também conta com Jeff Bezos como investidor.

A Apex Capital, sociedade portuguesa especializada em desporto, entrou oficialmente na private equity com um novo fundo focado na compra de participações minoritárias (20% a 49%) em clubes, ligas desportivas e direitos de media. Nada de comprar clubes inteiros, é mais o estilo de entrar no balneário, ajudar a organizar o jogo e fazer crescer o valor.

⚽ O plano de jogo

A estratégia passa por investir em ativos “subvalorizados” pelos grandes fundos, mas com potencial comercial por desbloquear. A Apex quer melhorar governança, operações e receitas, assumindo um papel ativo na gestão. É menos “comprar e esperar” e mais “meter mãos à obra”. Este novo fundo marca um passo além do venture capital, envolvendo processos mais longos, uma diligência prévia mais profunda e lugares mais relevantes na mesa de decisões. Em resumo: menos sprint, mais maratona.

Porquê agora?

O interesse global em ativos desportivos está a disparar e o segmento médio-baixo continua subcapitalizado… terreno fértil para quem conhece bem o jogo. Com experiência em projetos como a Alpine F1, Venezia FC e a Baller League, a Apex entra em campo bem acompanhada e com investidores que sabem o que é ganhar campeonatos dentro e fora das pistas.

O salário que aparece no contrato parece um presente de Natal bem embrulhado. Até o abrires e veres quanto sobra depois dos descontos. Este artigo explica como podes passar o salário bruto ao líquido: Segurança Social, IRS, subsídio de refeição e até duodécimos entram nas contas. Ideal para quem vai mudar de emprego (ou começar a trabalhar) e não quer descobrir tarde demais que o “bom ordenado” afinal encolhe depois dos descontos… ao contrário das nossas barrigas no Natal!